25.10.10

POESIA DO OLHAR

a gente tem um mundo dentro de si
eu não quero olhá-lo
Quero observá-lo livre
sendo ele ruínas, construção clássica
prédio moderno redondo, pastos simples
casas castas
Uma frase, um susto
rápidos surtos d extrema sobriedade
corpo mole descendo as ladeiras
até as aldeias veias que vão do cérebro ao coração
Descedo ao asfalto fincam ainda os pés
A gente vê um mundo cheio de muros
entorno de si, mas se passa entre eles
Se perde muito tempo com muros
uma proteção que cansa a vista e que demoram
muito para subir e não são escadas
e vão alto com nossas próprias mãos ludibriadas
uns os preferem cristalinos
são mais duros densos mas puros
mas continuam sendo muros e não sendo verdades por onde enxergar
E eu quero enxergar
E eu quero entender o mundo e os seus muros e derrubá-los
não só para enxergar teus olhos
não só para enxergar pelos olhos do outro a construlão do tudo que vemos
é algo mais junto assim:
- RECOLHENDO COM AS PÁLPEBRASILEIRAS LEVANTAS O QUE NOS LEVA A ESTAR JUNTOS.


Tiago Carneiro
25/10/2010

Nenhum comentário: