8.4.11

é teu ? tb ?

te vejo triste sem força cansada
minhas mãos foram feitas pra te tocar
mas tudo isso só acontece no esteio das horas
e acho que minhas palavras também

é a cor dos seus olhos
é o perdido das palavras
é o silêncio dos momentos

água bate na areia da praia vazia
no que penam teus ares ?

nas ruas não é assim ?
tem astes ? tem casas-mata e alterares ?
o que segura o mote então ?

teus olhos, tua água
teus jeitos
acho que foi numa noite dessas bem estafafúrdias
foi lá que eu achei e desbussulei e vi os veios
daquela madeira
não na verdade foi antes
foi tronco
foi sem cordão
foi semente
e foi nesse dia de pastéis lambusados de óleo
de nós
dos nossos lençóis

tem tanta coisa...
tem as diferenças também
e são tantaas...
posso começar a listar ?
A noção mais prática da vida
a percepção iluminada da história de nós dois
o gosto ventio das coisas
o dorso refeito de curvas
o prazer de dar dor ao que não tem, não nisso somos iguais e equi-valentes.

Quero ver verter-te as fibras
sempre seja de gozo ou de uma simples mordida no pedaço de bolo quente mais gostoso.

perdas e ganhos num mundo tamanho
senhas, senhos e sonos


tudo parece sobrando...
mas é justo
cabe em mim e em ti.

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