8.4.11

soldado as eras

naõ sou dado ao espírito prático desses da terra
não sou soldado a esses moldes perdidos de eras
não sou soldado a esses de espíritos de guerra
sou solidario até o ponto em que ponte alcança ao outro
sou dano e danado ao torso nú que não se faz e erra
sou dando e o que o recebo ?
sou pedindo e o que vem é placebo ?
navalha na carne vísceras e mandiocas
o gelo não frutifica o que somente se vê
se furta fuga com ardor e precisão
nela o meneio de glamour do que se oprime e omite
omitimos para nós mesmos mas que palavras
haja visto o parque que é bonito
contudo por trás é uma história de demoliçãode de histórias mal contadas
eu deixo pra você uma serpente inglória de hostentadas versões
destes versos sórdidos e irracionais
sem sombras sem o que barra.
Barra, barba, unhas e cabelos enormes aceite
azeite em ti o homem travestido o corpo faminto daquilo que a consciência quer
vai se a concha também
esvaessem sohos amém
agora o lance é de bar
bar de tolos
bar de babantes
bar de balanços
bar de celofanes
bar de Perséfones e Lusíadas
bar de Bandeiras déspotas
bar de maririos
sons
sintos, cintos e vultos
sem vulvas e linguagens concretas de sensações próprias
razões mesquinhas
não sou prático
dando voltas
vagos vesgos vasos
ver tem ser palavras
barras não são elas que graças ao Zeus não me prendem a você.
Na verdade não depreendem de ninguém.
Repreendem a derme de mim mesmo.


Tiago Carneiro

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